Neymar tem feito esforço máximo para estar à disposição da seleção brasileira o quanto antes na Copa do Mundo Qatar 2022.
Foto: metropoles.com
Após a lesão na estreia, contra a Sérvia, o camisa 10 faz tratamento intensivo, com trabalhos em três períodos e usando aparelhos de alta tecnologia.
Neymar e Danilo, que também tem lesão no tornozelo, dividem o dia entre "fisioterapia convencional", com os profissionais da comissão técnica, e métodos mais modernos e indiretos, como crioterapia e eletroterapia.
A crioterapia é um braço mais moderno da termoterapia, usada desde sempre no futebol, e é feita por meio de um equipamento de ponta que reduz a temperatura do local com mais precisão do que a tradicional aplicação de gelo. Com isso, ajuda a diminuir a inflamação mais rapidamente.
Já a eletroterapia envolve o uso de correntes elétricas para reabilitação, com estímulo muscular.
Para a crioterapia, a CBF fechou uma parceria com a Avanutri, empresa que também está com a seleção uruguaia na Copa, que desenvolveu a "Cryo Sport".
A tecnologia utiliza uma ferramenta de diminuição de temperatura com compressão controlada por meio de uma bota. Ela une a crioterapia com a compressoterapia.
"Nos casos do Neymar e do Danilo, o equipamento é utilizado para redução de edema, já que faz uma compressão contínua, prática amplamente utilizada em clubes brasileiros e no exterior também, trazendo excelentes resultados na recuperação de atletas.
Como é possível regular a compressão de acordo com a dor de cada atleta, o equipamento gera bastante conforto no tratamento", explicou Alexandre Barbosa, fisioterapeuta coordenador do Vasco e membro da Avanutri.
"Vale ressaltar que com o Cryo Sport também é possível regular o fluxo de água, fazendo com que a troca de calor seja mais eficiente, além de também conseguir regular a temperatura do tratamento. O tornozelo do Neymar terá um grande ganho no arco de movimento por conta da redução do edema nos próximos dias", completou.
O equipamento foi projetado para atingir 360 graus de alcance do local da lesão, sem deixar de atuar em nenhuma área inflamada. Neymar mostrou o aparelho em uma imagem publicada nas suas redes sociais durante a vitória do Brasil sobre a Suíça.
A eletroterapia não é uma novidade da fisioterapia, mas foi aperfeiçoada ao longo dos anos com o avanço da tecnologia. Hoje, as microcorrentes são controladas pelo celular ou um controle remoto. "Cada microcorrente tem uma finalidade: interferencial, russa, ajudar na drenagem...
Depende da modulação. As correntes são cada vez mais apuradas para determinado objetivo e agora são controladas por bluetooth. As correntes de eletroterapia são antigas e eficientes, mas agora estão otimizadas", disse Jomar Ottoni, ex-fisioterapeuta de Palmeiras, Santos, Athletico e Cruzeiro. Atualmente, um de seus trabalhos é ser coordenador de performance do zagueiro João Victor, do Benfica (POR).
"Acredito que a comissão médica da CBF esteja fazendo um mix: drenagem convencional, eletroterapia, crioterapia, as compressas e também o laser. Nessa fase aguda, dos sete primeiros dias, esses são os mecanismos que a fisioterapia normalmente utiliza. E a CBF tem o que há de melhor em tecnologia", concluiu. A expectativa da seleção brasileira é ter Neymar e Danilo à disposição nas oitavas de final da Copa do Mundo.
O time de Tite enfrentará Portugal, Uruguai, Gana ou Coreia do Sul. O Brasil tenta recuperar a dupla por "meios convencionais", sem precisar apelar para métodos como a infiltração, em que o medicamento é colocado diretamente no local lesionado —essa medida, um tipo de Plano B, pode ser usada em situações mais críticas.
Fonte: uol.com
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