Alerta! Uma nova onda de calor está se aproximando das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nesta semana, conforme anunciado pelo Inmet. As previsões indicam que as temperaturas podem atingir até 40°C em determinadas áreas.
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Apesar de algumas partes do Brasil estarem acostumadas com o calor e de os brasileiros geralmente lidarem melhor com altas temperaturas em comparação com outras populações ao redor do mundo, como as europeias que enfrentaram desafios semelhantes recentemente, esta onda de calor se destaca pela sua intensidade extrema. Expor-se a ela, especialmente durante os horários de pico, entre 12h e 16h, pode acarretar em sérios riscos à saúde, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com condições médicas preexistentes e crianças pequenas. Quando o corpo é exposto a temperaturas extremas, ele passa por uma série de mudanças fisiológicas para tentar manter sua temperatura interna estável.
Em situações de calor intenso, a primeira resposta do organismo é tentar dissipar calor por meio do suor e da dilatação dos vasos sanguíneos periféricos, buscando liberar o excesso de calor para o ambiente. Contudo, em temperaturas muito elevadas, especialmente quando a umidade também é alta, o processo de resfriamento por meio do suor pode se tornar ineficiente, resultando em superaquecimento corporal, insolação e possíveis danos aos órgãos. Segundo Lucas Albanaz, clínico geral e coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, e mestre em ciências médicas, "em condições de calor extremo, nosso corpo passa por adaptações. A frequência cardíaca aumenta como mecanismo de compensação, assim como a pressão arterial".
Além disso, outro perigo apontado pelos médicos é a desidratação, devido ao aumento da transpiração. Dependendo da intensidade do calor, os sintomas podem variar desde câimbras, causadas pela perda de eletrólitos pelo suor, até sede intensa e fadiga. Sintomas mais graves, como tonturas, náuseas ou vômitos, também podem surgir. De acordo com Alexander Daudt, coordenador do Núcleo de Medicina de Estilo de Vida do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, "se a pessoa não conseguir se refrescar, o quadro pode evoluir para choque térmico, com confusão mental, convulsões e, em casos extremos, falência de múltiplos órgãos e até mesmo morte". Os grupos mais vulneráveis incluem pessoas com condições médicas preexistentes, idosos, crianças em fase de crescimento, trabalhadores expostos ao sol, como vendedores ambulantes, e aqueles que fazem uso de medicamentos que os tornam mais suscetíveis ao calor.
Por: Redação Euro News Brasil
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