Foto: Arnaldo Alves/Arquivo SETI-PR
Chamada pública abrange 30 projetos desenvolvidos em instituições de ensino superior públicas e privadas. Iniciativa faz parte do programa Prime, que tem como objetivo transformar os resultados de pesquisas em produtos, serviços e novos negócios.
O Governo do Estado lançou uma chamada pública para empresas paranaenses interessadas em licenciar e comercializar soluções inovadoras com potencial de mercado. Ao todo, são 30 projetos de diferentes áreas do conhecimento desenvolvidos em universidades públicas e privadas, a partir de pesquisas científicas e tecnológicas. As inscrições dos empresários são online e podem ser feitas até 6 de outubro. Os resultados serão divulgados dia 11.
A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), que tem como objetivo transformar os resultados de pesquisas em produtos, serviços e novos negócios. O intuito é incentivar a cultura empreendedora entre pesquisadores de instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica, incluindo professores, estudantes e profissionais da educação.
Todos os 30 projetos já têm Patente de Inovação (PI) depositada, concedida ou protocolada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Os pesquisadores são das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste); da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPR); e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Segundo o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, o desenvolvimento de novos produtos gera benefícios para as empresas já consolidadas no mercado. “O licenciamento de tecnologias possibilita que o conhecimento gerado nas universidades seja convertido em produtos e serviços que beneficiam a sociedade”, diz o gestor.
Ao fazer o licenciamento os pesquisadores cedem o direito de comercialização do conhecimento. Com isso, o conhecimento, que até então estava restrito a ambiente acadêmico passa a ter acesso ao mercado, posicionando-se como produto inovador e competitivo e ao alcance da população.
PRIME – Criado em 2021, o Prime integra o conjunto de ações do Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni). O programa se baseia na capacitação e qualificação de pesquisadores, por meio de workshops, consultorias individuais e mentorias coletivas, em temas relacionados a gestão, finanças, sustentabilidade e marketing, entre outros. As atividades são realizadas em formato remoto.
Em 2023, a Seti implantou a premiação de incentivo no valor de R$ 1 milhão, com recursos do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, sendo R$ 200 mil para cada um dos cinco finalistas, para o desenvolvimento dos projetos.
Além disso, como são pesquisadores acadêmicos e muitas vezes não têm conhecimento de mercado e negócios, o programa Prime oferece capacitação e qualificação através de iniciativas como pré-aceleração ou pacote de consultorias do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) e um programa de mentoria do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Assim, os pesquisadores já desenvolvem o projeto visando a transformação em novos produtos e serviços.
Fonte:AEN
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