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ALEP realiza homenagem ao legado do Levante do Gueto de Varsóvia, e alerta para perigos do fascismo

A Declaração Internacional do 80º Aniversário do Levante do Gueto de Varsóvia é uma homenagem ao legado deixado por combatentes, mártires, vítimas e sobreviventes contra o nazismo e o fascismo.



Foto: Valdir Amaral/Alep


O espaço do Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná desta segunda-feira (22) foi utilizado como alerta para os perigos do fascismo e do neonazismo crescente no estado e no país. A jornalista e radialista Noemi Osna Carriconde, do grupo Judeus Progressistas de Curitiba, leu Declaração Internacional do 80º Aniversário do Levante do Gueto de Varsóvia. O documento lembra a revolta de judeus, ocorrida em 1943 na Polônia, contra a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A oradora foi agraciada com um diploma de menção honrosa confeccionado pela Assembleia. A proposição é do deputado Goura (PDT).


A Declaração Internacional do 80º Aniversário do Levante do Gueto de Varsóvia é uma homenagem ao legado deixado por combatentes, mártires, vítimas e sobreviventes contra o nazismo e o fascismo. O documento faz um alerta sobre as novas ameaças criminosas da guerra e contra o imperialismo, reforçando a luta pela paz, pela humanidade, pela liberdade dos povos, pelo progresso, pelo respeito aos Direitos Humanos Universais. A carta é assinada por entidades judaico-progressistas e democráticas de diversos países.


De acordo com o proponente, deputado Goura (PDT), a data histórica representa uma das mais importantes manifestações da resistência judaica durante o Holocausto. Para ele, lembrar os 80 anos do Levante de Varsóvia se mostra atual porque as lutas contra o nazismo, o fascismo e o neonazismo são constantes e necessárias. “Vamos lembrar o octogésimo aniversário do Levante do Gueto de Varsóvia, considerado um dos mais emblemáticos atos de resistência judaica. Esta é uma declaração importante e relevante, pois ainda lutamos contra nazismo, fascismo e o neonazismo. Há hoje no Brasil movimentos neonazistas em 22 estados e Distrito Federal. O Paraná está em terceiro lugar, com mais de 190 células neonazistas. Já Curitiba é terceira cidade do país com mais células neonazistas. Por isso a importância de lembrarmo-nos desta data. Precisamos lutar contra o fascismo e os discursos de ódio e violência todos os dias”, destacou Goura.


Noemi Osna Carriconde lembrou que a história ocorrida há 80 anos ainda ecoa na vida de pessoas marginalizadas e discriminadas em todo o mundo. “O Levante do Gueto de Varsóvia frente à barbárie nazista já pertence ao patrimônio da Humanidade. Hoje, mais que nunca, devemos lembrar aqueles que combateram no Gueto de Varsóvia, resgatar seus valores coletivos: a vida, a dignidade humana, a rebeldia de oprimidos contra opressores, a liberdade, a responsabilidade, a solidariedade, o respeito pela diferença, a justiça e igualdade. Devemos também os transmitir às novas gerações, pois hoje, mais do que em qualquer outro momento, cada ação solidária para com a vida contribui para forjar uma sociedade justa e humana”, frisou a representante do grupo Judeus Progressistas de Curitiba.


Manifestação

O Levante do Gueto de Varsóvia é considerado um dos mais emblemáticos atos da resistência judaica durante a Segunda Guerra Mundial. Foi a primeira revolta civil armada contra a ocupação nazista na Europa. O levante teve início em 9 de abril de 1943 e, durante quase um mês, cerca de 750 combatentes enfrentaram o exército alemão.

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